É uma cirurgia que existe desde a década de 60 e vem sendo modificada ao longo dos anos devido ao maior conhecimento do complexo sistema neuro-hormonal que regula a fome e a saciedade, para melhorar ainda mais seus resultados.
Funciona principalmente, alterando o sistema que regula fome e saciedade através de hormônios produzidos no tubo digestivo. Isso faz com que o comportamento e preferências alimentares fiquem mais próximas a normalidade. Também tem um efeito temporário de restrição alimentar, ou seja, nos primeiros meses após a cirurgia, caso a pessoa esqueça e queira engolir o alimento rápido e em quantidades exageradas, ela poderá sentir desconforto e até vômitos. Outro efeito que contribui para a perda de peso é diminuição da absorção, mas ocasiona necessidade de uso de vitaminas.
Como em qualquer tratamento médico, podem haver efeitos colaterais e as vezes, efeitos não esperados. Geralmente esses efeitos são temporários, com intensidade variável, e muitas vezes relacionados a erros alimentares e ao abandono do acompanhamento especializado. Os mais comuns: eructações, flatulência , borborigmo (barulhos na barriga), dumping (mal-estar com alimentos açucarados), entalo, diarreia, queda de cabelo e dor abdominal. Quando o paciente segue as recomendações, dificilmente haverá sequelas.
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Aqui estão algumas razões para optar pela cirurgia bariátrica:
A cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz contra a obesidade, mas só deve ser realizada quando o paciente já tentou tratamento com endocrinologistas e não obteve resultados satisfatórios ou somente temporários. Exceto, naquelas situações de obesidade grave ou quando a obesidade compromete severamente a qualidade de vida da pessoa, nessas situações a cirurgia pode ser indicada como primeiro tratamento.
Atualmente o processo pré-operatório é bem tranquilo e rápido. A equipe é bem capacitada para avaliar detalhadamente o paciente e assim oferecer uma cirurgia eficaz e segura. Geralmente a sequência é:
O anestesista realiza uma avaliação antes da cirurgia para conhecer o paciente, rever seus exames e a avaliação clínica já feita, para detectar as características de cada um com a finalidade de prevenir e corrigir qualquer problema que possa surgir durante o ato operatório. Esta visita prévia possibilita conhecer passado de alergia, histórico de outras anestesias e cirurgias pelas quais o paciente já se submeteu. Permite que o paciente conheça o médico que vai anestesiá-lo e tirar as dúvidas e os medos mais comuns.
Utilizamos técnicas minimamente invasivas (videolaparoscopia e robótica) que proporcionam rápida recuperação e menor desconforto pós-operatório. Na maior parte das vezes, os pacientes não sentem dor ou desconfortos maiores.
O processo de cicatrização de uma cirurgia é rápido porque os tecidos são reconectados por suturas (mecânicas e manuais), com isso, sugiro que os pacientes devem manter um repouso leve em casa por 15 dias. Após esse período, pode realizar trabalhos administrativos, dirigir pequenas distâncias e outras atividades que não tenham maior esforço.
As atividades físicas podem ser iniciadas após 6 semanas da cirurgia
A evolução alimentar depende de cada pessoa, mas de maneira geral é:
1 semana: líquidos claros (chás, energéticos, caldos, etc). Essa é a pior fase da recuperação porque a pessoa sente saciedade com mínimas quantidades e podem ocorrer enjoos de alimentos, devido ao estomago estar parado e com isso não “empurra” o alimento para o intestino.
2 semana: liquida completa
3 semana: semi pastosa ou pastosa
4 semana: pastosa ou semi sólida
5 semana: sólida